Arquitetura gótica: possivelmente você já ouviu falar sobre ela, dado o fato de que este estilo artístico foi utilizado amplamente durante os séculos V e XV e está presente, até hoje, em algumas das maiores obras criadas pela humanidade.

 

Ao contrário do que o nome pode sugerir, a arquitetura gótica não é, necessariamente, uma estética sombria, soturna, com ares de Edgar Allan Poe.

 

Possui, no entanto, algumas particularidades que podem sugerir estados de espírito e ideias particulares.

 

Se você tem interesse de conhecer um pouco mais sobre este movimento arquitetônico, este artigo foi feito para você. Confira!

 

Surgimento da arquitetura gótica

Este é um estilo arquitetônico que “evoluiu” da arquitetura românica e precedeu aquela que conhecemos como arquitetura renascentista.

 

O seu florescer remonta à Alta Idade Média, entre os anos de 1050 e 1100, mais especificamente no norte da França. Também por isso, é conhecido também como “obra francesa”.

 

O título “gótico”, pelo que sabemos, pode ter sido cunhado por Giorgio Vassari (1511-1574), que teria predileção pelo estilo clássico, em detrimento das obras que vieram a receber o título de góticas.

 

Dentro de sua concepção, este estilo arquitetônico seria bárbaro, numa alusão a um grupo germânico, os godos, tidos como monstruosos ou “não-civilizados”.

 

Arquitetura gótica

Os vitrais são parte importante da arquitetura gótica.

Arquitetura gótica: características principais

Como este estilo foi desenvolvido especialmente durante a alta Idade Média, não é de surpreender que tenha sido utilizado especialmente para enaltecer e fortalecer a religião vigente na época.

 

As obras, portanto, eram uma forma de traduzir a grandeza da espiritualidade em voga, fazendo com que a imagem de Deus, do “Altíssimo”, fosse valorizada em cada detalhe.

 

A primeira forma de fazer isto foi a partir da verticalização: as torres das igrejas góticas são altas, pontiagudas, como se quisessem tocar no céu.

 

De fato, representam a ligação entre os frequentadores da igreja, diminutos, e a força superior que habitaria nas alturas.

 

Algumas outras características da arquitetura gótica são:

 

Explicando melhor os elementos arquitetônicos

Como comentamos, pode-se dizer que a arquitetura gótica visava a verticalidade, a valorização da iluminação interior.

 

Os arcos de meia circunferência, largamente utilizados antes da ascensão do estilo gótico, faziam com que a construção ficasse pesada e, por isso, necessitasse de pilares rígidos e largos, além de paredes mais espessas.

 

A ausência de janelas e aberturas tornava o ambiente escuro e, de certa forma, opressor.

 

Ao utilizar arcos ogivais (com formato pontiagudo), a arquitetura gótica dividiu o peso da abóbada central, permitindo que os seus pontos de apoio fossem mais diversificados e que os materiais utilizados pesassem menos.

 

Para além disso, entram em cena dois elementos bastante relevantes: o contraforte e o arcobotante.

 

Contraforte

Posicionado em um ângulo reto em relação à estrutura, é colocado contra a parede lateral e atinge uma altura bastante significativa. Sua utilização advinha da necessidade de diminuir a pressão causada pelo peso das abóbadas.

 

Arcobotante

Ficado ao lado do contraforte, posicionado próximo à parede. Com o auxílio dos contrafortes, permite a sustentação das paredes com vitrais enormes e pesados e mantém a abóbada fixa.

 

Podemos ainda citar a arcada, que é geralmente colocada próxima aos claustros e visa apenas cumprir função decorativa.

 

Arquitetura gótica

Arcobotante e contraforte, presentes em diversas catedrais de arquitetura gótica. Imagem: autor desconhecido. Todos os direitos reservados.

Exemplos de catedrais góticas

Catedral de Milão, Itália

Esta obra possui cerca de 108 metros de altura, o que equivale a um prédio de mais de trinta e cinco andares. É a quinta maior do mundo e tem uma história curiosa.

 

A sua data de construção inicial foi em 1386. A sua conclusão, no entanto, foi realizada apenas em 1965.

 

O Duomo, como é chamada a catedral, foi construída com mármore branco-rosa. Só a sua fachada possui mais de oito mil blocos de mármore!

 

E isso não é tudo: na parte externa, é possível contemplar cerca de 2.300 estátuas com temáticas religiosas.  

 

Arquitetura gótica

Catedral de Milão, Itália, com sua arquitetura gótica.

 

Catedral de Notre-Dame de Paris

Certamente a catedral  mais famosa do mundo, dadas as obras que a têm como pano de fundo – como “O Corcunda de Notre Dame”, de Victor Hugo – e a sua própria imponência e participação histórica.


A Catedral de Notre Dame, que foi palco da coroação de Napoleão Bonaparte e levou mais de cento e setenta anos para ser construída completamente, possui duas torres de quase setenta metros em sua fachada.

 

Há, na entrada lateral esquerda da igreja, uma escada de 387 degraus que leva às torres e permite uma visão imensa de Paris.


Notre Dame possui dimensões impressionantes: são 130 metros de profundidade, 48 metros de largura e 35 de altura. Por isto, é capaz de acomodar até seis mil visitantes.

Arquitetura gótica

Catedral de York

Localizada na cidade de York (ou Iorque), na Inglaterra, é a maior catedral do estilo gótico no norte europeu.A nave da catedral possui 80 metros de comprimento, 30 metros de largura e 29 metros de altura.

 

Em uma de suas paredes, traz as esculturas de mais de uma dezena de reis ingleses. O marco inicial é Guilherme, o Conquistador, e o último, o rei Henrique VI.

Arquitetura gótica

 

Catedral da Sé

Arquitetura neogótica em terras brasileiras!

 

Embora tenha algumas alterações que, de acordo com alguns especialistas, podem ter prejudicado a virtuosidade gótica, esta catedral possui elementos bastante característicos do estilo, como os vitrais, os arcos ogivais e o verticalismo.

 

A Catedral da Sé possui 46 metros de largura, 111 de comprimento e também uma cúpula de 65 metros de altura. As suas torres possuem 92 metros cada uma e o espaço da igreja pode receber até oito mil visitantes.


Em termos de materiais, sabemos que esta obra foi feita em granito maciço e contou com acabamentos feitos em mármore.

Um adendo curioso se faz necessário: assim como a Catedral Notre-Dame de Paris, a Catedral da Sé também possui gárgulas, que são seres de pedra que, em teoria popular, afastariam espíritos malignos dos arredores e ganhariam vida à noite.

Arquitetura gótica

 

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